Para prevenir doenças e proporcionar hábitos saudáveis durante o pré-natal, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com métodos terapêuticos por meio das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics), que também estão disponíveis para a população em geral. Atualmente, estão disponíveis 29 procedimentos gratuitos e integrais, conforme a adesão das gestões locais.
As Pics podem ser ofertadas às gestantes na modalidade individual ou em grupo. Dentre as mais difundidas na Atenção Primária à Saúde (APS), estão: a auriculoterapia, acupuntura, massoterapia, medicina tradicional chinesa, geoterapia e eletroestimulação, disponíveis em todo o país.
A acupuntura é uma tecnologia que faz parte da medicina tradicional chinesa e estimula pontos espalhados por todo o corpo, por meio da inserção de agulhas específicas para o tratamento. Na gravidez, o método pode aliviar os sintomas comuns, como náusea e inchaço, além de ajudar no controle emocional da ansiedade.
Além das Pics, os grupos operativos com gestantes nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) é uma prática bem estabelecida que proporciona um espaço de trocas de experiências entre as pacientes e a equipe multidisciplinar em saúde.
De acordo com o Sistema de Informação da Atenção Básica (Sisab), em 2023, mais de 2 milhões de grávidas realizaram o primeiro atendimento de pré-natal nas UBS, em todo o Brasil. Neste ano, até junho, o registro estava em cerca de 643,4 mil pessoas atendidas.
A coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Mulheres da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), Renata Reis, ressalta que as unidades básicas oferecem acolhimento e as orientações necessárias sobre os direitos e cuidados na gravidez. “O ideal é que o pré-natal comece no 1° trimestre e que, desde o seu início, a pessoa tenha a informação sobre qual será a maternidade de referência para o seu parto e para o caso de haver intercorrências durante a gestação", explicou.
Com ações de promoção à saúde e adoção de estilo de vida saudável com atividade física e alimentação nutritiva, a APS conta ainda com um programa de suplementação de sulfato ferroso e ácido fólico na gestação.
“O Ministério da Saúde tem protocolos de consultas e exames de pré-natal, bem como de classificação de risco gestacional e encaminhamento para acompanhamento conjunto na atenção especializada. Ao longo da gestação, também são fundamentais as ações de educação em saúde, para que mulheres, famílias e rede de apoio tenham acesso a informações sobre os benefícios do parto normal, direito a acompanhante desde o trabalho de parto até o puerpério, amamentação e cuidados com o bebê ", pontua a coordenadora.
O Ministério da Saúde está investindo R$ 4,8 bilhões na construção de 36 novas maternidades e 30 novos Centros de Parto Normal. Todas as unidades terão salas de amamentação e serão viabilizadas com recursos do Novo PAC Saúde e vão beneficiar cerca de 30 milhões de mulheres.
As maternidades ofertadas serão de alto risco e contemplarão os seguintes setores assistenciais: centro de parto normal intra-hospitalar; ala de suítes de pré-parto, parto e pós-parto; centro cirúrgico e obstétrico; alojamentos conjuntos; quartos de internação de alto risco; unidade de terapia intensiva neonatal; unidade de cuidados intermediários; unidade de canguru; unidades de terapia intensiva materna; suítes de expectação para mulheres em situações emergenciais; áreas privativas para mulheres vítimas de violência; unidade de urgência e emergência; diagnóstico por imagem com radiologia; tomografia; ultrassonografia; cardiotocografia; laboratório de análises clínicas; banco de leite; ambulatório; e casa da gestante bebê e puérpera.
Com informações, Ana Freire, Ministério da Saúde.
Acesse a página das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)>>
Veja quais são os 29 recursos terapêuticos PICS>>
@minsaude