O Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária Colônia Santa Marta (HDS), de Goiânia (GO), venceu o ‘Prêmio de Excelência Dr. Prathap C Reddy em Qualidade Clínica e Segurança do Paciente’, que homenageia hospitais por seus projetos ou programas inovadores e exemplares na melhoria da qualidade clínica e da segurança do paciente.
A iniciativa pública de Goiás concorreu com projetos da Itália, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. O Comitê de Premiação, composto por líderes de saúde do mundo todo, avaliou mais de 500 inscrições enviadas de 37 países e territórios.
O objetivo do prêmio é promover a troca de boas práticas em áreas-chave de liderança em saúde, sustentabilidade ambiental e inovação. A pontuação foi baseada em critérios técnicos (originalidade e inovação; impacto pretendido; adaptabilidade e escalabilidade; rigor científico; e clareza).
Também foram levadas em consideração as dimensões da prestação de serviços de saúde (qualidade do serviço de saúde, experiência do paciente, resultados clínicos e equidade em saúde, eficiência de custos e bem-estar da força de trabalho), bem como na capacidade de sustentar seu sucesso e realizações.
O ‘IHF Awards 2024’ é uma iniciativa da Federação Mundial dos Hospitais (IHF) e foi concedido durante 47º Congresso Mundial de Hospitais, que reuniu 1.300 participantes de 65 países no Rio de Janeiro (RJ). A IHF foi criada em 1929 em Genebra, Suíça, como uma plataforma para troca de conhecimento e networking com diferentes atores do setor de saúde.
A cerimônia de premiação ocorreu no Rio de Janeiro (Brasil) no Windsor Convention & Expo Center diante de um público de cerca de 400 executivos internacionais de hospitais e saúdeModernização da rede de saúde
“Estamos comprometidos em transformar Goiás em um estado que realmente faz a diferença na vida das pessoas. Avançamos muito na área da saúde, ampliando e modernizando a rede, para garantir que os serviços cheguem a quem realmente precisa”, afirmou o governador Ronaldo Caiado, ao lembrar que a unidade do Governo de Goiás é considerada referência em cuidados prolongados.
O prêmio é fruto do trabalho da equipe multidisciplinar do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e outros profissionais. Desde sua criação, em dezembro de 2021, a iniciativa realizou mais de 21.907 atendimentos na casa dos pacientes, o que evita grandes deslocamentos e facilita a continuidade do tratamento.
“Esse serviço tem sido um exemplo da dedicação e humanização, proporcionando aos pacientes uma atenção que transcende os muros do hospital. É um orgulho imenso para Goiás e para o Brasil” destacou o secretário da Saúde, Rasível Santos. A diretora-geral do HDS, Mônica Ribeiro Costa, também comemorou o resultado. "Estamos honrados em saber que nosso serviço está transformando vidas e levando esperança às famílias”, avaliou.
Visitas regulares
Um dos pacientes do programa é o senhor Omirair Rosa de Barros, que se tornou paraplégico após acidente de moto, em 2021. Sua esposa, Dhionia Santana da Silva, destaca que as visitas regulares têm garantido avanços na recuperação, dia a dia. “Quando ele veio para casa, estava totalmente dependente, não mexia as mãos, mal conseguia mover o pescoço”.
Ainda de acordo com ela, Omirair está sempre com as feridas bem cuidadas e já tem controle parcial do tronco, consegue se sentar, fazer a barba, comer sozinho, usar o telefone e trocar os canais da TV. “Para nós, o atendimento do HDS foi uma verdadeira bênção, e só temos gratidão pela equipe, que nos trata com amor, carinho e atenção", finaliza.
Em média, o hospital monitora os pacientes por 230 dias ou 7,5 meses após a internação, buscando evitar a reinternação
Atendimento domiciliar
Conforme o relatório inscrito na premiação, o ‘Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) como substituto e otimizador de cuidados hospitalares’ da Colônia Santa Marta é focado na “desospitalização” e na medicina centrada no paciente.
O processo, minimiza o risco de infecções hospitalares, alivia a pressão sobre o sistema de saúde e desbloqueia a disponibilidade de leitos hospitalares e vagas para outros pacientes que possam estar necessitando de atendimento hospitalar mais urgente.
Em média, o hospital monitora os pacientes por 230 dias ou 7,5 meses após a internação, buscando evitar a reinternação. Com base nos dados, 60% dos pacientes que utilizaram o serviço têm mais de 60 anos e a maior prevalência é decorrente de acidente vascular cerebral.
Desde 2021, mais de 4 mil curativos foram realizados em domicílio por meio do serviço em mais de 15 mil consultas multidisciplinares. Atualmente, 30 pacientes recebem consultas por dia. Cada um desses pacientes consegue garantir pelo menos uma consulta por semana de profissionais de saúde.
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