São José do Rio Preto (480.393 habitantes, Censo/2022) já registrou 33.152 casos de dengue e 34 óbitos em 2025, segundo monitoramento do governo de São Paulo. Atualmente, a cidade paulista concentra o maior número de casos do Brasil. A situação é tão preocupante que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, informou que a pasta irá ajudar a fortalecer a Rede de Atenção local.
A Rede de Atenção do Sistema Único de Saúde (SUS) é composta por dois ramos: a Atenção Básica e a Atenção Especializada. Fazem parte da primeira as Unidades Básicas de Saúde (UBS), enquanto a segunda categoria abrange, por exemplo, ambulatórios, que oferecem consultas e exames.
"Dengue é uma doença que conhecemos há 40 anos. Evitar as mortes é uma prioridade quando temos a situação de emergência. Estamos apoiando, então, estados e municípios nessas ações", acrescentou.
Araçatuba é outra localidade em situação crítica, com 15.125 casos confirmados e 11 mortes decorrentes da doença. Respectivamente, os dois municípios têm incidência de 1.926 e 1.988 a cada 100 mil habitantes.
O estado de São Paulo soma 110.901 casos confirmados da doença no ano, sendo que 2.907 pacientes apresentam quadro de dengue com sinais de alarme, com sintomas como o sangramento de mucosas, e 243, de dengue grave, com o comprometimento de órgãos ou sangramentos mais preocupantes. Até o momento, 101 mortes foram registradas, número que pode subir, tendo em vista que a causa de 211 óbitos ainda necessita de confirmação.

Armadilhas de mosquito
A Prefeitura de Rio Preto já instalou 2.200 Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL) na cidade. As EDL, conhecidas como "armadilhas do mosquito Aedes" são uma nova tecnologia do Ministério da Saúde/Fiocruz para combater a dengue.
A estratégia consiste na aplicação de larvicida em um balde preto com água, onde a fêmea do mosquito Aedes deposita os ovos e se contamina com o inseticida, espalhando o produto em outros criadouros. Desta forma, as larvas não conseguem se desenvolver, reduzindo a proliferação de novos mosquitos.
Todos os agentes de saúde foram capacitados para implementar as estações nas residências e orientar os munícipes sobre o equipamento. A manutenção das EDL será feita mensalmente para reposição de água e troca do larvicida.
No total, a cidade vai implementar três mil EDL. A previsão é de que o município permaneça com a tecnologia pelos próximos seis meses.
Em 2024, a cidade contabilizou 56.258 notificações por dengue, sendo 38.841 confirmadas e 17.406 descartadas. Outros 11 casos suspeitos estão sendo investigados.
No dia 3 de janeiro de 2025, o prefeito de Rio Preto, coronel Fábio Candido, decretou emergência em saúde pública, por conta da epidemia de dengue enfrentada pelo município. "Estamos conscientes do tamanho do problema. Vamos promover uma força-tarefa para realizar a limpeza em toda a cidade, partindo para o combate tanto na questão da zeladoria quanto na saúde pública", afirmou o prefeito.
Com informações, Letycia Bond, Agência Brasil; Letícia Greco, São José do Rio Preto.
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