Após 76 anos do Plano de Partilha da Palestina que previa a criação de um estado judeu (Israel) e um estado árabe (Cisjordânia e Gaza), a ONU ainda não conseguiu chancelar a paz na região entre árabes e judeus.
Enquanto Israel se estabeleceu territorialmente e evolui economicamente a cada ano, com apoio do Ocidente, a Palestina ainda reluta por sua soberania sobre a Cisjordânia e Faixa de Gaza, além de reivindicar Jerusalém Oriental como sua capital.
Na prática, os habitantes da Palestina sobrevivem com uma canga de Israel sobre seus ombros. O território palestino não tem aeroporto, estações de trem ou rodoviária. O acesso só é possível por automóvel e somente uma quantidade limitada de veículos com placas palestinas é autorizada a entrar no território israelense diariamente. O abastecimento de água, os recursos hídricos e de eletricidade também são controlados pelo governo israelense. O acesso dos palestinos a Jerusalém, idem.
Organizações como a Anistia Internacional e o Human Rights Watch são críticos sobre as políticas repreensivas empreendidas por Israel sobre os palestinos.
Mesmo tendo sua independência declarada em 1988 pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP), a maioria das áreas reivindicadas pelos palestinos estão ocupadas por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Em 2015, 136 dos 193 países-membros das Nações Unidas reconheceram a existência do Estado da Palestina.
O Escritório Central de Estatísticas da Palestina estimou o número de palestinos em 10,7 milhões de pessoas: 3,9 milhões nos territórios palestinos (36,6%); 1,2 milhão (11,5%) em Israel; 5 milhões em países árabes (46,2%) e 600 mil em países estrangeiros (5,7%). A densidade populacional é 433 hab/km² na Cisjordânia e 4.073 hab/km² na Faixa de Gaza. A população com menos de 15 anos representa 41,9% dos habitantes.
Quase todos os palestinos são muçulmanos (93%), a maioria seguidores do Islã. Os cristãos palestinos somam 6%.
Jericó
Jericó, habitada há 11.000 anos, é considerada a cidade mais antiga ainda existente. Abriga museus (financiados pela Rússia) e sítios arqueológicos de vinte civilizações. Foi a primeira cidade da Terra Prometida ocupada pelos israelitas, liderados por Josué, após cruzarem o rio Jordão, após peregrinarem quarenta anos pelo deserto, guiados por Moisés. Na cidade encontra-se o Monte das Tentações, onde Jesus teria sido tentado pelo Diabo, logo após seu batismo, no rio Jordão; a Bíblia declara que Jesus também curou dois cegos e converteu Zaqueu em Jericó.
Belém
Em Belém está o Campo e Gruta dos Pastores, lugar onde aconteceu o anúncio do nascimento de Jesus aos pastores pelos anjos, e a Basílica da Natividade, uma das mais antigas igrejas ainda em uso no mundo. Sua estrutura foi construída sobre uma caverna que a tradição cristã marca como o local de nascimento de Jesus. Em razão de os muçulmanos considerarem Jesus como sendo o segundo maior profeta islâmico, o local é considerado sagrado tanto para o cristianismo como para o islamismo. Atualmente a igreja pertence às Igrejas Católica, Ortodoxa e Armênia.
Mar Morto
O Mar Morto, na Judeia, é um lago de água salgada, com superfície de 650 km². Está a 427 metros abaixo do nível do mar (o maior desnível negativo do mundo) e tem profundidade de 307m. É alimentado pelo rio Jordão e seu destino final. Banha a Jordânia, Cisjordânia e Israel. Tem esse nome devido à quase ausência de vida em suas águas que decorre da grande concentração de sal, cerca de dez vezes superior à dos outros oceanos. Às suas margens estariam as cidades mencionadas no livro do Gênesis destruídas à época de Abraão: Sodoma e Gomorra.
Hebrom
Hebrom, considerada a capital da Cisjordânia, abriga o Túmulo dos Patriarcas, um centro espiritual onde estariam sepultados os casais bíblicos Adão e Eva, Abraão e Sara, Isaac e Rebeca, Jacó e Lea.
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Israel, Cisjordânia e Faixa de Gaza
Por Wilson Lopes, de Israel/Cisjordânia, com informações Agência Brasil, BBC, CNN Brasil, Exame, Brasil Escola, História do Mundo
O jornalista Wilson Lopes participou de uma missão empresarial promovida pelo Sebrae e pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG).