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233,4 mil toneladas em 2024

Governo do Distrito Federal recupera estradas com resíduos da construção civil

Entulhos reciclados são reaproveitados em obras públicas e conservação de vias não pavimentadas, gerando economia e evitando o descarte do material no aterro sanitário

30/03/2025 - 16:03 Por Wilson Lopes

O Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU) tem dado um novo destino às cinco mil toneladas de resíduos da construção civil que chegam à Unidade de Recebimento de Entulhos (URE), na Estrutural. Os itens que iriam para o descarte são reaproveitados e transformados em areia, brita e rachão para serem utilizados na reforma de estradas rurais, na contenção de erosões e no aterramento de construções.

Em 2024, a unidade processou 233,4 mil toneladas de material reciclado, sendo 115 mil toneladas de brita destinadas a diferentes regiões do Distrito Federal. Além disso, o material não utilizado passa por um reaproveitamento interno para recobrimento do maciço, garantindo a manutenção do aterro e a infraestrutura da própria unidade.

A diretora técnica do SLU, Andréa Almeida, destaca a importância do reaproveitamento desses materiais. “Esse trabalho gera economia para os cofres públicos porque é um material que o governo não precisa comprar. Além disso, tem a questão ambiental de reutilizar o material que iria para o descarte”, explica.

O material continua sendo um resíduo da construção civil, mas em uma nova forma, sem precisar ser aterrado (Joel Rodrigues/Agência Brasília)

No Distrito Federal, os itens que chegam à URE vêm dos grandes geradores de resíduos particulares, das obras públicas e do próprio SLU, como papa-entulhos. Lá, o material bruto é processado em uma unidade de britagem e se transforma no agregado britado.

“O material agregado oriundo de reaproveitamento de Resíduos de Construção Civil (RCC) é utilizado para cobrir vias, pátios de acesso e muito procurado pelas administrações regionais na preservação e recuperação de vias não pavimentadas”, esclarece Andréa.

O processo de reaproveitamento do SLU começa com a triagem dos resíduos. O material passa por trituração e peneiramento para separação adequada, tornando-se apto para ser reutilizado. “Ele continua sendo um resíduo da construção civil, mas em uma nova forma, sem precisar ser aterrado. Com isso, economizamos espaço no aterro e evitamos a extração de novos recursos da natureza”, acrescenta a diretora.

A nova unidade que será construída no Recanto das Emas poderá elevar o aproveitamento para até 79% (Joel Rodrigues/Agência Brasília)

Aproveitamento de 79%

O Governo do Distrito Federal (GDF) prepara a abertura de duas licitações, uma para a construção de mais uma URE, que ficará localizada no Recanto das Emas, entre a BR-060 e a DF-180, e outra para modernizar e ampliar a URE da Estrutural — um investimento que promete aumentar a taxa de aproveitamento de 18% para 49%.

“Com relação à nova unidade do Recanto das Emas, estamos na fase de execução de projeto para lançar a licitação de quem vai executar e operar. Vai ser tudo do zero, com uma taxa de aproveitamento de 79%, considerado um nível de primeiro mundo”, conclui Andréa.

Com informações, Thaís Miranda e Vinicius Nader, Agência Brasília.

@slu.df @agencia.brasilia @gov_df

Acesse o mapa com endereços dos “papa-entulho” para o descarte de restos de obra>>

Estradas recuperadas na Ceilândia; escoamento de água no Gama; serviços de drenagem em Planaltina: múltiplos usos do Resíduos de Construção Civil – RCC (Divulgação-Seagri-DF)

 

 


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