O governo de Goiás decretou situação de emergência em 25 municípios do Estado (de um total de 246), afetados pela estiagem e baixos índices pluviométricos, além de condições climáticas extremas causadas por conta do fenômeno El Niño.
A estiagem na região iniciou-se em junho de 2023 e, de setembro a dezembro, causou temperaturas elevadas e chuvas irregulares. A onda de calor persistente afetou as plantações, com o calor excessivo consumindo a umidade do solo.
O Decreto 10.407, válido por 180 dias, permite ao governo promover ações emergenciais e pretende facilitar aos produtores rurais a renegociação de suas dívidas junto às instituições bancárias. Também determina medidas para o reconhecimento federal do desastre.
O desastre denominado e codificado como estiagem é previsto na Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade), do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), sendo classificado como do Nível II ou de média intensidade, onde a perda de umidade do solo é superior à sua reposição.
Segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, a queda na produção agrícola pode chegar a até 23%. Como resultado, especialistas estimam a perda de até 4 milhões de toneladas de soja no estado na safra 2023/2024, entre outros efeitos negativos.
“A gente precisa somar forças na área de tecnologia para acompanhar as previsões detalhadas de chuva, para permitir ao agricultor se programar e não ter perdas maiores”, afirmou o governador Ronaldo Caiado.
Municípios em situação de emergência
Acreúna, Amorinópolis, Araguapaz, Arenópolis, Baliza, Bom Jardim de Goiás, Britânia, Caiapônia, Diorama, Guarani de Goiás, Iporá, Israelândia, Ivolândia, Jaupaci, Moiporá, Montes Claros de Goiás, Mozarlândia, Nova Crixás, Palestina de Goiás, Paraúna, Piranhas, Porangatu, Quirinópolis, Santa Helena de Goiás e Turvelândia.
Com informações, Agência Cora Coralina de Notícias.
Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade)>