O bioma Cerrado possui mais de 12 mil espécies de plantas, das quais 40% endêmicas e mais de 2,5 mil espécies de animais vertebrados. Ocupa área de mais de 2 milhões de quilômetros quadrados e cerca de 23% do território brasileiro. Considerado o berço das águas no Brasil, é nele que se encontram as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul: Tocantins-Araguaia, São Francisco e Paraná.
Ele também possui uma grande importância econômica e social para o País, pois constitui-se num grande celeiro agrícola, além de ser fonte de sustento para diversas comunidades tradicionais, incluindo indígenas e quilombolas.
Aliar produção agrícola e conservação ambiental é um grande desafio e o apoio da ciência é fundamental para promover o desenvolvimento sustentável desse bioma. Nesse sentido, a Embrapa Cerrados está disponibilizando gratuitamente a segunda edição do “Guia de plantas do Cerrado para a recomposição da vegetação nativa”.
A publicação, com 880 páginas repletas de fotos e aquarelas deslumbrantes, apresenta cerca de 344 espécies nativas e seus atributos para identificação, propagação e utilização na recomposição das diferentes fitofisionomias do Cerrado, aumentando o portfólio da cadeia de restauração nesse bioma.
As informações apresentadas são frutos de décadas de experiências, aprendizados e trabalhos de campo de centenas de pessoas que se dedicaram e vêm dedicando suas vidas à conservação e à pesquisa do segundo maior bioma brasileiro.
O Brasil tem o compromisso de restaurar 18 milhões de hectares até 2030 e um terço das áreas está no bioma Cerrado.
Não por acaso essa obra nasce durante a Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas, uma convocação global para a revitalização dos ecossistemas, uma vez que grande parte das áreas degradadas que o Brasil tem o compromisso de restaurar encontra-se no bioma Cerrado, principalmente nas áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente dos imóveis rurais.
Assim, para recompor essas áreas, é necessário disponibilizar informações técnicas sobre as espécies nativas que subsidiam os proprietários rurais nesse trabalho hercúleo, sendo esse o objetivo da publicação.
Apesar das mãos humanas não conseguirem reintroduzir todas as espécies da biodiversidade, é possível ampliar o uso de diversas na recomposição da vegetação nativa e na agricultura integrada. Ainda que restrito, o guia apresenta 344 espécies nativas e seus atributos para identificação, distribuição e utilização na recomposição das diferentes fitofisionomias do Cerrado, aumentando o portfólio da cadeia de restauração.
A seleção das espécies apresentadas priorizou seu papel ecológico e econômico nas diferentes estratégias de recomposição e do conhecimento científico disponível.
Para facilitar a consulta das informações no guia e a escolha das espécies para plantio em trabalhos de recomposição, elas foram divididas em dois capítulos pela formação de ocorrência, diferenciando aquelas que ocorrem preferencialmente em formações mais abertas, como as savanas e/ou campos, ocorrências preferencialmente de formações florestais.
Acesse o “Guia de plantas do Cerrado para a recomposição da vegetação nativa”>
Com informações, Embrapa Cerrados.
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