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Bandeira verde

Conta de luz em janeiro não terá cobrança extra

Cheia dos reservatórios evitará acréscimos na conta de luz e bandeira tarifária se manterá na cor verde

28/12/2024 - 12:51 Por Wilson Lopes

A melhora das condições de geração de energia, em especial devido às chuvas que melhoraram os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, garantiram a manutenção da bandeira tarifária verde para o mês de janeiro de 2025. Com isso, não será cobrado valor adicional nas contas de luz dos brasileiros, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

“A bandeira tarifária permaneceu verde de abril de 2022 até julho de 2024. A boa notícia se repetiu em dezembro de 2024 e será mantida em janeiro de 2025 devido a permanência das condições favoráveis de geração de energia no país”, justificou a Aneel.

De acordo com a agência, os níveis dos reservatórios aumentaram com a chegada do período chuvoso, o que resultou em aumento da geração das usinas hidrelétricas. “Dessa forma, se aciona menos empreendimentos com energia mais cara, como é o caso das usinas termelétricas”, acrescentou em nota (27/12).

Bandeiras tarifárias

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. 

Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos de R$ 1,885 (bandeira amarela), R$ 4,463 (bandeira vermelha patamar 1) e R$ 7,877 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. 

De setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, vigorou uma bandeira de escassez hídrica de R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica (Freepik)

Reservatórios alcançaram 50%

Os reservatórios das Usinas Hidrelétricas (UHE) do Sistema Interligado Nacional (SIN) alcançaram a marca de 50% de armazenamento (27/12). O resultado, divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), é reflexo das chuvas ocorridas nos últimos dias e das medidas adotadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para garantir a segurança energética ao Brasil.

Após passar pelo pior período de estiagem registrado na história, de acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o início do período chuvoso a partir de novembro trouxe alívio para os reservatórios das hidrelétricas, que garantem grande parte da eletricidade consumida no país. O menor índice este ano nos reservatórios foi de 43,69%, registrado no dia 6/11.

Em março deste ano, o Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE) adotou medida de restringir a vazão defluente nos reservatórios das UHE Jupiá e Porto Primavera, nos estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo respectivamente. Essa iniciativa garantiu até 11% de água nos reservatórios das regiões Sudeste e Centro Oeste, que concentram 70% da capacidade de armazenar energia elétrica no País.

Este ano também determinou que fosse adotada a medida de reservar água nos reservatórios da região Norte do País, que enfrentaram escassez de água intensa em regiões como no Rio Xingu, que teve declaração de escassez hídrica pela Agência Nacional das Águas (ANA) em 2024.

Nível dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional

Com informações, Pedro Peduzzi, Agência Brasil; Assessoria Especial de Comunicação Social/MME.

Acesse o SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL>>

@aneelgovbr

 

 


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