O Ministério da Indústria e Informatização da China estima que o número de bicicletas elétricas já ultrapassou a marca de 350 milhões de unidades fabricadas no país. Só em 2023, foram 42,28 milhões de unidades produzidas.
O site Wallbike (wallbike.com.br) estima que 37% da população da China tenha bicicleta, o que dá algo em torno de meio bilhão de unidades. “Por ser um dos países com mais habitantes do mundo, o uso da bicicleta simplifica o trânsito.”
Mais de 100 milhões de pessoas na China andam regularmente de bicicleta ou usam bicicletas como meio de transporte atualmente, de acordo com a Associação de Bicicletas da China.
Conforme o site Mobilize Brasil (mobilize.org.br), em 2008, a cidade de Hangzhou resolveu investir pesado na mobilidade urbana dos cidadãos. O governo gastou mais de 24 milhões de dólares em um programa de bicicletas compartilhadas, todas de uso público, numa tentativa de purificar o ar da cidade.
Mais de 86 mil bikes foram colocadas nas ruas, com pontos de entrega espalhados por toda a cidade. O investimento, porém, não saiu como o esperado e as bicicletas foram abandonadas, uma a uma, com o tempo.
A polícia recolheu, até agora, cerca de 23 mil bikes que estavam abandonadas por Hangzhou. O depósito onde elas são colocadas lembra um grande cemitério abandonado.
Cemitério de bicicletas
O site Observador (observador.pt) explica que dezenas de companhias de bicicletas partilhadas têm nascido nas cidades da China, incentivadas por uma estratégia do governo para diminuir a utilização dos automóveis e, pelo caminho, para tentar reduzir o problema da poluição atmosférica do país.
Mas a ideia teve um efeito inverso e estima-se que apenas dez (de 60) startups tenham sobrevivido: a oferta tornou-se maior que a procura. A certa altura, as pessoas utilizavam as bicicletas e depois estacionavam-nas nos lugares errados ou abandonavam-nas. Agora, as cidades chinesas transformaram-se num autêntico cemitério de bicicletas.
Grande parte dos milhões de bicicletas que invadiram as cidades começaram a ser largadas no meio da rua, ao ponto de se acumularem em pilhas que cortavam as estradas e congestionavam ainda mais o trânsito nas metrópoles. E o pior ainda estava para vir.
É que, de tão maltratadas que algumas delas ficavam, as bicicletas foram abandonadas em terrenos baldios, em jardins ou nas margens das estradas mais pequenas. De repente, havia milhões de bicicletas coloridas e empoeiradas amontoadas na China, todas elas sem uma roda, sem parafusos, com volantes estragados e vandalizadas de alguma forma.
Atualmente, apenas duas empresas estão operando com resultados e controlam 90% do mercado.
Acesse a reportagem “O cemitério com milhões de bicicletas que invadiu a China”>
@embaixadachina