O Brasil acaba de superar a marca de 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional de energia solar. O país tornou-se o sexto a alcançar esse nível, juntando-se aos Estados Unidos, China, Alemanha, Índia e Japão.
Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Em relação ao tamanho dos sistemas de geração, a produção de energia solar própria por meio de pequenos e médios sistemas lidera com 33,5 GW de potência instalada. As grandes usinas solares representam 16,5 GW.
De janeiro a outubro, foram instaladas 119 usinas solares no país, que adicionaram 4,54 GW de potência elétrica fiscalizada no Brasil.
Os dados são do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por representar a potência efetivamente instalada, a potência fiscalizada é um pouco menor que a potência outorgada pela agência reguladora.
Capacidade instalada
Segundo a Absolar, a fonte solar representa 20,7% da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, estando em segundo lugar entre os sistemas disponíveis e só perdendo para a energia hidrelétrica. Essa divisão considera a potência operacional instalada, não o consumo no sistema elétrico.
Conforme o Sistema de Informações de Geração da Aneel, a energia solar representa 7,94% da potência elétrica fiscalizada no país. No entanto, esse percentual considera apenas os 16,5 GW produzidos pelas usinas solares.
Desde 2012, informou a Absolar, a energia solar gerou investimentos de R$ 229,7 bilhões no Brasil e resultou na arrecadação de R$ 71 bilhões aos cofres públicos. Essa fonte de energia evitou a emissão de 60,6 milhões de toneladas de gás carbônico no país.
Elevação do imposto
A entidade, no entanto, critica a elevação de 9,6% para 25% do Imposto de Importação sobre insumos e componentes de painéis solares.
A medida foi aprovada há duas semanas pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex).
Para a Absolar, a taxação desestimula os investimentos e compromete o ritmo de crescimento da fonte limpa de energia num momento de transição energética. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) justificou a medida como necessária para fortalecer a indústria local e gerar empregos no Brasil.
Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) apontam que a energia solar já alcançou 5.556 dos 5.569 municípios brasileiros (só faltam 13), onde estão 3.015.304 sistemas instalados no segmento de micro e minigeração distribuída.
Outro dado significativo, revela a Absolar, é que o Brasil atingiu uma marca significativa no combate às mudanças climáticas, pois 60 milhões de toneladas de CO deixaram de ser emitidas na atmosfera graças à energia solar.
Pirâmide Solar
A Prefeitura de Curitiba (PR) transformou o antigo aterro sanitário na Pirâmide Solar do Caximba, usina com cerca de 8,6 mil painéis fotovoltaicos instalados, com capacidade instalada de 4,55 MWp de geração.
O projeto da Pirâmide Solar foi financiado pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e apoiado pelo grupo de cidades contra o aquecimento global, o C40, com investimentos de R$ 28 milhões.
Inaugurada em 2023, a Pirâmide Solar já gerou 4.598.094 Kwh (kilowatts/hora), energia suficiente para abastecer 20 mil residências por um mês (residências com família de quatro pessoas).
Isso representou uma economia de R$ 2,34 milhões para os cofres do município (R$ 2.344.264). Toda a energia gerada foi distribuída para 269 prédios públicos da Prefeitura de Curitiba, como Armazéns da Família, os cinco Restaurantes Populares, Sacolões da Família, Ruas da Cidadania e módulos da Guarda Municipal.
Sozinha, a Pirâmide Solar já é responsável por abastecer 30% da energia consumida pelos prédios públicos da Prefeitura.
A energia gerada pelos módulos fotovoltaicos da Pirâmide Solar é injetada na rede de distribuição da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) e o valor é abatido da conta de energia do município.
A Pirâmide Solar do Caximba faz parte do Curitiba Mais Energia, uma das estratégias do município para combater e mitigar as mudanças climáticas, por meio da produção de energia renovável.
Ele inclui também outros projetos fotovoltaicos, com a instalação de placas solares nos terminais de ônibus do Boqueirão, Santa Cândida e Pinheiros, e na Rodoferroviária de Curitiba. Com mais esses projetos, a prefeitura pretende suprir até 60% do consumo de energia dos prédios públicos do município.
Ranking mundial em potência acumulada de energia solar
1) China - 817 GW
2) Estados Unidos - 189,7 GW
3) Alemanha - 94,36 GW
4) Índia - 92,12 GW
5) Japão - 90,4 GW
6) Brasil - 50 GW
Fonte: Absolar
Com informações, Wellton Máximo, Agência Brasil; Agência Estadual de Notícias do Paraná (AEN).
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