Das 5.569 cidades brasileiras, 845 contam com mais eleitores do que habitantes. Os dados constam no estudo ‘As características do eleitorado e das cidades nas Eleições Municipais de 2024’, publicado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Conforme a CNM, o total de cidades nesse cenário vem crescendo a cada eleição (312 em 2012, 352 em 2016, 493 em 2020) e o fenômeno pode estar relacionado a efeitos migratórios das cidades de pequeno porte, como o caso daqueles que se mudam por motivações econômicas e educacionais, mas que retornam à cidade natal para exercer o voto.
O Estado que lidera o ranking proporcional entre as cidades com mais eleitores do que habitantes é Goiás (40%), com 99 dos 246 municípios estão nessa condição. Na sequência então Piauí (35%), Paraíba (34%) e Rio Grande do Norte (32%).
Em números absolutos, o recordista é Minas Gerais, com 212 municípios, equivalente a uma em cada 4 cidades do Estado, seguido por Goiás (99) e São Paulo (89).
Em 16 municípios, a quantidade de eleitores é o dobro da população local. Em outras 24, a diferença supera o percentual de 50%. As duas menores cidades do país em termos de população estão enquadradas nessa categoria: Serra da Saudade/MG (854 habitantes e 1.294 eleitores) e Anhanguera/GO (921 habitantes e 1.710 eleitores).
“Uma vez que esse acontecimento é específico das cidades pequenas, que não possuem segundo turno, sendo um voto o suficiente para declarar um vencedor,
a ação dos não-residentes pode ajudar a determinar as eleições nas pequenas localidades”, conclui o estudo.
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