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18,4% dos brasileiros têm ensino superior; média nos países desenvolvidos é de 40,6%

População do Brasil com nível superior cresceu 2,7 vezes desde o ano 2000, motivada pelo ensino a distância, que representa 12,9% das matrículas na rede pública e 71,7% na rede privada

27/02/2025 - 11:34 Por Wilson Lopes

Os dados do ‘Censo Demográfico 2022: Educação: Resultados Preliminares da Amostra’, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, revelam que, de 2000 a 2022, na população do país com 25 anos ou mais de idade, a proporção de pessoas que tinham nível superior completo cresceu 2,7 vezes: passando de 6,8% para 18,4%. 

Nesse período, o percentual de pessoas sem instrução ou sem concluir o ensino fundamental caiu de 63,2% para 35,2%.

Além disso, a população nessa faixa etária com nível ‘médio completo e superior incompleto’ cresceu de 16,3% para 32,2% entre 2000 e 2022, enquanto as pessoas com ‘fundamental completo e médio incompleto’ passaram de 12,8% para 14,0%.

Distrito Federal 37,0% X Maranhão 11,1%

Em 2022, na população de 25 anos ou mais, a Unidade da Federação com a maior proporção de pessoas com nível superior completo foi o Distrito Federal (37,0%), bem adiante da segunda colocada, São Paulo (23,3%). Já a menor proporção estava no Maranhão (11,1%). Os dois estados estavam nas mesmas posições no Censo 2000, quando o Distrito Federal tinha 15,3% da sua população com 25 anos ou mais com nível superior completo, e o Maranhão tinha 1,9%

Entre as Unidades da Federação, em 2022, o Piauí tinha a maior proporção de pessoas de 25 anos ou mais sem instrução e com fundamental incompleto e o Distrito Federal tinha a menor (19,2%).

Em 3.008 municípios, isto é, na maioria dos municípios brasileiros, mais da metade da população tinha o nível de instrução ‘sem instrução e fundamental incompleto’. Na situação oposta, em 75 municípios, mais de um quarto da população com 25 anos ou mais tinha ensino superior completo.

São Caetano do Sul tem a maior média de anos de estudo: 12,7

Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, São Caetano do Sul (SP) tinha a maior proporção da população de 25 anos ou mais com nível superior completo em 2022. Belford Roxo (RJ) tinha a menor, com 5,7%. Outros municípios nas periferias de Regiões Metropolitanas das capitais apresentaram resultados semelhantes, como é o caso de Queimados (RJ) (7,4%), São João de Meriti (RJ) (7,2%), Santa Rita (PB) (7,1%), Francisco Morato (SP) (6,8%), Maranguape (CE) (6,7%).

O número de anos de estudo é calculado pelas informações da série e nível ou grau que a pessoa estava frequentando ou havia concluído. Para o ensino fundamental completo, são considerados 9 anos de estudo; ensino médio completo, 12 anos de estudo e ensino superior completo, 16 anos de estudo. Mestrado, doutorado e especialização de nível superior não adicionam anos de estudo na metodologia adotada, ou seja,16 anos é o valor máximo.

No Brasil, em 2022, o número médio de anos de estudo da população com 25 anos ou mais era de 9,6 anos. Entre as Unidades da Federação, os pontos extremos foram o Distrito Federal (11,8 anos) e Piauí (7,9 anos). No conjunto de municípios com mais de 100 mil habitantes, o maior valor foi registrado em São Caetano do Sul (SP), 12,7 anos, e o menor em Breves (PA), 6,5 anos.

São Caetano do Sul (SP), Niterói (RJ), Florianópolis (SC), Vitória (ES), Balneário Camboriú (SC), e Santos (SP) tinham médias acima de 12 de anos de estudo para a população de 25 anos ou mais. Em 2022, a média de anos de estudo no mesmo grupo etário era inferior a cinco anos em 40 municípios do país, sendo 30 deles no Nordeste.

A distância 

De acordo com os dados do Censo da Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC), a partir dos anos 2000, houve uma revolução no ensino superior no Brasil, com o avanço da modalidade a distância (EAD). O “X” no gráfico foi impulsionado pela pandemia da Covid e ganhou fôlego nos anos seguintes, alcançando 3.314.402 matrículas em 2023, representando 12,9% dos alunos da rede pública e 71,7% da rede privada. 

Número de vagas oferecidas em cursos de graduação, por modalidade de ensino

  • 2018 = 7.170.567
  • 2023 = 19.181.871
  • Variação 2018/2023 = +167,5%

Primeiro mundo 

Conforme a plataforma global de dados e inteligência ‘Statista’, com dados de 2022, a média de pessoas com ensino superior é de 40,68%, nos 38 países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

A maior taxa mundial é observada no Canada (62,74%). Outros oito países têm mais da metade da população com curso superior: (56,13%), Irlanda (54,39%), Coreia do Sul (52,8%), Austrália (51,5%), Luxemburgo (51,49%), Reino Unido (51,32%), Israel (50,62%) e Estados Unidos (50,02%). Em Portugal são 31,48%; na Colômbia, 28,27%; e, na Argentina, 24,77%.

Mais sobre a pesquisa

Essa divulgação do Censo 2022 traz os resultados preliminares da Amostra sobre Educação, com indicadores sobre frequência à escola ou creche, nível de ensino frequentado, nível de instrução da população, média de anos de estudo e área do curso superior de graduação concluído. Há dados para Brasil, Grandes regiões, Unidades da Federação e municípios, com detalhamento por sexo, grupos de cor ou raça e por idades. Alguns indicadores são comparados com os dos Censos Demográficos de 2000 e 2010.

Com informações, Luiz Bello, Claudia Ferreira, Agência IBGE Notícias.

@statista @mineducacao @ibgeoficial

Acesse o ‘Censo Demográfico 2022: Educação: Resultados Preliminares da Amostra’>>

Acesse o Censo da Educação Superior>>

Acesse o site da Statista - Share of people with tertiary education in OECD and affiliated countries in 2022, by country>>

 

 


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