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Dinheiro virtual

Depois do PIX, chegou o Drex, o real digital

Moeda digital deverá ser lançada no final de 2024, garantindo mais segurança nas transações financeiras

27 SET 2024 - 14H30 • Por Wilson Lopes

Disponível para a população desde 29/11/2021 e operado pelas 734 instituições cadastradas no Banco Central (BC), o PIX praticamente aposentou as transferências bancárias feitas usando TED, cartão ou boleto, fechando 2023 com 478.565.963 contas cadastradas (sendo 453.220.005 de pessoas físicas).

Na onda do PIX, o Banco Central pretende disponibilizar ainda este ano o Drex, o real em formato digital (CBDC, de Central Bank Digital Currency, em inglês).

O Drex permitirá que vários tipos de transações financeiras estejam à disposição do usuário, de forma segura. As transações serão liquidadas pelos bancos dentro da Plataforma Drex do Banco Central (BC).

Para ter acesso à Plataforma Drex, o usuário precisará de um intermediário financeiro autorizado, como um banco. Esse intermediário fará a transferência do dinheiro depositado em conta para uma carteira digital do Drex, para que se possa realizar transações com ativos digitais com total segurança.

Os serviços inteligentes da Plataforma Drex serão efetuados por meio de contratos inteligentes, que podem ser adaptados para a conveniência dos clientes, permitindo que as transações financeiras sejam concluídas quando todas as condições forem cumpridas, trazendo segurança para todas as partes.

Assim, o Drex vai democratizar o acesso aos benefícios da economia digital, trazendo mais eficiência e segurança para as transações financeiras.

Drex, na prática

O analista Gustavo Igreja, do Banco Central, dá um exemplo: “Se você for comprar um carro, pode ficar com receio de pagar e o vendedor não passar a propriedade do veículo. Com o Drex, não importa quem vai fazer o primeiro movimento, pois o contrato só será concluído quando ambos acontecerem. Assim, o dinheiro e a propriedade do carro serão transferidos de forma simultânea. Se uma das partes falhar, o valor pago e o carro voltam para seus respectivos donos.”

Como o Pix, o nome Drex vem da combinação de letras em uma palavra com som forte e moderno. As letras "d" e "r" fazem referência ao Real Digital, o "e" vem de eletrônico e o "x" traz a ideia de conexão, associada à tecnologia utilizada.

O conceito visual da marca Drex remete ao universo digital, refletindo o contexto da agenda de modernização financeira conduzida pelo Banco Central, a Agenda BC#.

As duas setas inseridas na letra "d" representam etapas de uma transação digital e simbolizam a evolução da moeda brasileira para o ambiente digital. A transição de cores nas setas, do azul para verde claro, passa a mensagem de "transação concluída". Todos os elementos reforçam a ideia de agilidade da moeda digital do Banco Central, o Drex.

Ainda não há uma data específica para o lançamento do Drex. Ele está em fase de testes em ambiente restrito, o Piloto Drex, iniciados em março de 2023. Ao fim de 2024, o Banco Central deverá incluir testes com a população no Piloto Drex. Mas, para que isso seja possível, o projeto e os participantes do mercado precisarão ter atingido o grau de maturidade adequado.

Com informações, Banco Central do Brasil.
@bancocentraldobrasil

Acesse a página do Banco Central sobre o Drex>

Acesse a página do Banco Central com as estatísticas do PIX>

Assista ao vídeo 'BC te Explica #88 - Drex ou Pix? Quando você vai usar cada um?'