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Epidemia

Brasil contabiliza 668 mortes e ultrapassa 1 milhão de casos de dengue em 2025

Ministério da Saúde intensifica ações de enfrentamento para reduzir casos graves e óbitos em 80 municípios mais críticos, sendo 55 em São Paulo

17 ABR 2025 - 14H39 • Por Wilson Lopes
Em 2025, a maior parte dos casos prováveis se concentra na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelos grupos de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos - Prefeitura de Pouso Alegre/MG

O Brasil registrou, desde 1º de janeiro de 2025, 1.010.833 casos prováveis de dengue. Segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses, o país contabiliza, ainda, 668 mortes confirmadas pela doença e 724 em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 475,5 casos para cada 100 mil pessoas.

A título de comparação, no mesmo período do ano passado, quando foi registrada a pior epidemia de dengue no Brasil, haviam sido contabilizados 4.013.746 casos prováveis e 3.809 mortes pela doença, além de 232 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, à época, era de 1.881 casos para cada 100 mil pessoas.

Em 2025, a maioria dos casos prováveis se concentra na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelos grupos de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. As mulheres concentram 55% dos casos e os homens, 45%. Brancos, pardos e pretos respondem pela maioria dos casos (50,4%, 31,1% e 4,8%, respectivamente).

São Paulo lidera o ranking de estados em número absoluto, com 585.902 casos. Em seguida estão Minas Gerais (109.685 casos), Paraná (80.285) e Goiás (46.98 casos). São Paulo mantém ainda o maior coeficiente de incidência (1.274 casos para cada 100 mil pessoas). Em seguida aparecem Acre (888), Paraná (679) e Goiás (639).

Minas Gerais é o segundo estado com o maior número de casos absolutos de dengue, com 109.685 registros (Prefeitura de Pouso Alegre/MG)

80 municípios prioritários

Para reduzir casos graves e óbitos, o Ministério da Saúde anunciou novas ações de enfrentamento à dengue, em apoio aos estados e municípios mais críticos, com foco inicial em 80 cidades prioritárias. 

Segundo a pasta, o estado de São Paulo concentra 55 municípios que integram a lista, seguido pelo Paraná, com 14 municípios, pela Bahia e pelo Pará, com três municípios cada, por Goiás e pelo Acre, com dois municípios cada, e pelo Rio Grande do Norte, com um município.

São municípios com alta transmissão da doença ou número de casos em ascensão e com mais de 100 mil habitantes. Regiões populosas têm maior possibilidade de sobrecarga assistencial. Já no primeiro momento, a Força Nacional do SUS estará preparada para atender a essas cidades com até 150 centros de hidratação de até 100 leitos cada, totalizando investimento de R$ 300 milhões.

As 80 cidades prioritárias também vão receber apoio do Ministério da Saúde para elaborar estratégia de expansão da cobertura vacinal, com ações como busca ativa de não vacinados, monitoramento dos estoques e garantia do abastecimento. Além disso, 16 cidades passarão a ofertar a vacina da dengue pela primeira vez: Itaituba (PA), Botucatu (SP), Loanda (PR), Conchas (SP), Promissão (SP), Querência do Norte (PR), Mirandópolis (SP), Cruzeiro do Sul (AC), Curitiba (PR), Espírito Santo do Pinhal (SP), Monte Santo (BA), Rancharia (SP), Lins (SP), Redenção (PA), Santa Cruz de Monte Castelo (PR) e Novo Progresso (PA).

Outra ação para o controle do mosquito será a distribuição por parte do Ministério da Saúde de 1.260 equipamentos de UBV portáteis até o fim de abril para utilização em bloqueio de surtos, permitindo maior alcance no interior dos domicílios e superando barreiras físicas, como muros e paredes.

Fonte: Painel de Monitoramento das Arboviroses

Com informações, Paula Laboissière, Agência Brasil. 

@minsaude

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