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Arroz com feijão

Pode faltar água quando acabar a energia elétrica?

Entenda qual a importância da energia elétrica para garantir que a água chegue até a sua casa

5 MAR 2025 - 15H43 • Por Wilson Lopes
O Sistema Produtor Mauro Borges, que utiliza a água armazenada no Reservatório do Ribeirão João Leite, foi projetado pensando na eficiência energética - Saneago

Você pode não perceber, mas quando falta energia elétrica, o fornecimento de água tratada é prejudicado. Mas, qual o motivo disso? Do manancial à torneira, o caminho é longo. E, nesse trajeto, a energia elétrica é essencial para acionar as unidades do sistema de abastecimento – captação, estação de tratamento, estações elevatórias, entre outras.

No manancial de captação, as enormes bombas recolhem a água e a direcionam para a Estação de Tratamento, onde a água passa pelos processos de coagulação, floculação, decantação, filtração e desinfecção. Para isso acontecer, há sistemas de bombeamento, de controle e automação, que utilizam eletricidade.

Em seguida, a água é bombeada para os reservatórios e, ao longo da rede, é impulsionada para chegar com pressão suficiente às caixas d’água dos imóveis, mesmo com as variações topográficas, com o uso das estações elevatórias, que utilizam bombas elétricas, que fazem a água alcançar a parte alta das cidades.

E, nas redes de distribuição, que levam a água para todos os imóveis, a energia elétrica também é usada para ações de prevenção aos vazamentos, como as válvulas redutoras de pressão e os sistemas ‘day night’. 

Na Região Metropolitana de Goiânia, o Sistema Produtor Mauro Borges, que utiliza a água armazenada no Reservatório do Ribeirão João Leite, foi projetado pensando na eficiência energética. Para abastecer a capital do Estado, Goiânia, e parte da Região Metropolitana, a unidade também utiliza força da água que passa pela Barragem do Ribeirão João Leite para gerar energia elétrica.

Isso é possível durante os meses de chuva em que a água do reservatório está vertendo, ou seja, quando a água acumulada atinge um nível superior ao da barragem, formando uma “cachoeira” com 38 metros de altura. 

Além disso, existe uma Central Geradora Hidrelétrica na unidade que utiliza parte da vazão ecológica do reservatório para girar uma turbina acoplada a um hidrogerador que produz energia elétrica 24 horas por dia durante o ano todo.

A vazão ecológica é a quantidade de água que deve fluir no leito do Ribeirão João Leite para atendimento das demandas do ecossistema aquático, para preservação da flora e da fauna de sua bacia hidrográfica.

Pela sua localização, na parte alta de Goiânia, o Sistema Mauro Borges utiliza também a força da gravidade para abastecer praticamente toda sua área de influência, reduzindo a necessidade de bombeamento da água tratada ao longo do sistema de distribuição.

Com essas medidas, a empresa de saneamento de Goiás (Saneago) busca aumentar a eficiência na utilização da energia elétrica, reduzindo custos financeiros e fomentando ações sustentáveis e de conservação ambiental. Tudo isso reflete também no abastecimento de água com qualidade, quantidade e estabilidade à população.

Com informações, Saneago, Governo de Goiás.

@governogoias @saneago

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