PIB nacional teve aumento médio de 2,2% ao ano de 2002 a 2022
PIB per capita do Distrito Federal é 135% superior à média nacional e, nos últimos 20 anos, as regiões Centro-Oeste e Norte foram as que mais cresceram na participação do PIB brasileiro
22 NOV 2024 - 10H55 • Por Wilson LopesEm 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil atingiu 10,1 trilhões com crescimento em volume de 3,0% na comparação com 2021. Entre as 27 unidades da federação, 24 tiveram alta no PIB, sendo Rio Grande do Sul (-2,6%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-0,7%) as únicas exceções. As maiores elevações, por sua vez, ocorreram em Roraima (11,3%), Mato Grosso (10,4%), Piauí (6,2%) e Tocantins (6,0%).
Entre os três grandes grupos de atividades, a Agropecuária apresentou queda em volume de 1,1%, enquanto a Indústria cresceu 1,5% e os Serviços 4,3%. “O aumento do PIB pelo segundo ano consecutivo representa a recuperação da economia brasileira, iniciada em 2021, após a queda observada em 2020, motivada sobretudo pelos efeitos da pandemia COVID-19”, explicou Alessandra Poça, gerente de Contas Regionais do IBGE.
No âmbito regional, nenhuma das cinco grandes regiões teve queda em volume em 2022. A Região Sul teve resultado tecnicamente estável, ao apresentar variação de 0,1%, enquanto as demais cresceram. “O resultado da Região Sul é explicado sobretudo pelo desempenho do Rio Grande do Sul, que teve redução de 2,6% de seu PIB em função da Agropecuária”, destaca a gerente. Já a Região Centro-Oeste registrou o maior crescimento (5,9%). Todos os seus estados cresceram acima da média, com destaque para Mato Grosso, com alta de 10,4%.
PIB (Variação 2021/2022)
Brasil (3,0%); 1º Roraima (11,3%); 2º Mato Grosso (10,4%); 3º Piauí (6,2%); 4º Tocantins (6,0%); 5º Acre (6,0%); 6º Paraíba (5,6%); 7º Goiás (5,0%); 8º Mato Grosso do Sul (4,8%); 9º Rio de Janeiro (4,7%); 10º Amapá (4,3%); 11º Bahia (4,2%); 12º Rio Grande do Norte (4,1%); 13º Distrito Federal (3,9%); 14º Maranhão (3,4%); 15º São Paulo (3,4%); 16º Amazonas (3,3%); 17º Alagoas (3,2%); 18º Ceará (3,1%); 19º Minas Gerais (3,0%); 20º Rondônia (2,8%); 21º Pernambuco (2,0%); 22º Santa Catarina (1,8%); 23º Paraná (1,5%); 24º Sergipe (1,3%); 25º Pará (-0,7%); 26º Espírito Santo (-1,7%); 27º Rio Grande do Sul (-2,6%).
Destaques do PIB/2022
- Os maiores resultados ocorreram em Roraima (11,3%), Mato Grosso (10,4%), Piauí (6,2%) e Tocantins (6,0%).
- Rio Grande do Sul (-2,6%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-0,7%) foram os únicos estados em queda.
- Nenhuma das cinco grandes regiões teve queda em volume em 2022.
- Entre 2002 e 2022, as Regiões Centro-Oeste e Norte registraram os maiores ganhos relativos de participação no PIB do país, com avanços de 2,0 p.p. e 1,0 p.p., respectivamente.
- Em 20 anos, a única região a perder participação na série foi a Sudeste (-4,1 p.p.), com a redução dos pesos das economias de São Paulo (-3,8 p.p.) e Rio de Janeiro (-0,9 p.p.).
- Mato Grosso teve o maior acréscimo de participação (1,2 p.p.), seguido por Santa Catarina, (0,9 p.p.) e Minas Gerais (0,7 p.p.).
- De 2002 a 2022, o PIB nacional teve aumento médio de 2,2% ao ano (a.a.). As regiões Sudeste e Sul registraram os menores resultados: 1,9% a.a. em ambas.
- O PIB per capita do Brasil, em 2022, foi R$ 49.638,29 e o Distrito Federal manteve-se com o maior valor (R$ 116.713,39). Rio de Janeiro ocupou a segunda posição, com R$ 71.849,66, seguido por São Paulo, com R$ 70.470,53.
Maior alta do PIB em Roraima
Entre as unidades da federação, as maiores elevações do PIB ocorreram em Roraima (11,3%), Mato Grosso (10,4%), Piauí (6,2%), Tocantins (6,0%) e Acre (6,0%). O desempenho da Agropecuária teve contribuição decisiva para o resultado de 2022 nestes estados, com destaque para o cultivo de soja que, embora não tenha tido desempenho positivo na média nacional, teve crescimento na Região Norte e parte do Centro-Oeste.
As únicas unidades da federação a registrarem queda em volume do PIB em 2022, na comparação com o ano anterior, foram Rio Grande do Sul (-2,6%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-0,7%).
Goiás foi quem teve o maior avanço relativo
Em termos de participação no PIB, entre 2021 e 2022, houve aumento de 1,0 ponto percentual na Região Sudeste, de 0,3 p.p. na Região Centro-Oeste, e redução nas Regiões Sul (-0,7 p.p.), e Norte (- 0,6 p.p.). Já a Região Nordeste manteve sua participação.
Na Região Sudeste, que concentrou 53,3% do PIB nacional, Rio de Janeiro e São Paulo ganharam participação de 0,9 p.p. cada, entre 2021 e 2022.
Na Região Centro-Oeste, com 10,6% de participação total, Goiás foi quem teve o maior avanço relativo, com acréscimo de 0,2 p.p., justificado em grande medida pelo Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e pelas Indústrias de transformação.
A região com a maior perda de participação em 2022 foi a Região Sul (-0,7 p.p.), em que contribuíram os desempenhos do Rio Grande do Sul (-0,6 p.p.), e Santa Catarina (-0,2 p.p.), enquanto o Paraná manteve sua participação. Com isso, a região totalizou 16,6% de participação no PIB do Brasil.
A Região Norte, com perda de 0,6 p.p., ficou com 5,7% de participação. O resultado foi devido ao Pará, que apresentou redução relativa equivalente à região, em virtude do desempenho em volume e preço das Indústrias extrativas. O Amazonas teve sua participação reduzida de 1,5% para 1,4% em relação ao PIB nacional, enquanto Rondônia elevou seu peso de 0,6%, em 2021, para 0,7%, em 2022; as demais mantiveram suas participações.
Por fim, a Região Nordeste manteve sua participação de 13,8% no PIB do Brasil, com oscilações apenas no Ceará, Pernambuco e Bahia. Ceará e Pernambuco perderam 0,1 p.p., cada um, enquanto a Bahia ganhou 0,1 p.p, com acréscimo vinculado às Indústrias de Transformação, devido ao refino de petróleo e coque.
Sete estados trocaram de posição
Sete estados trocaram de posição no ranking de participação relativa entre 2021 e 2022. O Rio Grande do Sul, mais uma vez caiu, da quarta para a quinta posição, trocando de posição com o Paraná, movimento observado algumas vezes ao longo da série.
O Pará caiu da décima para a 12ª posição, enquanto Mato Grosso e Pernambuco avançaram uma posição cada, mesmo com perda de participação, e passaram a ocupar a décima e 11ª posições; respectivamente. Tocantins e Sergipe trocaram de posições, e passaram a ocupar a 23ª e 24ª posições respectivamente, pois, apesar de registrarem a mesma participação até a primeira decimal, houve ganho de participação de Tocantins.
Entre 2002 e 2022, as Regiões Centro-Oeste e Norte registraram os maiores ganhos relativos de participação no PIB do país, com avanços de 2,0 p.p. e 1,0 p.p., respectivamente. A única região a perder participação na série foi a Sudeste (-4,1 p.p.), com a redução dos pesos das economias de São Paulo (-3,8 p.p.) e Rio de Janeiro (-0,9 p.p.). Mato Grosso teve o maior acréscimo de participação (1,2 p.p.), seguido por Santa Catarina, (0,9 p.p.) e Minas Gerais (0,7 p.p.).
De 2002 a 2022, o PIB nacional teve aumento médio de 2,2% ao ano (a.a.). Entre as grandes regiões, Norte e Centro-Oeste tiveram as maiores taxas de crescimento anual, ambas 3,2% a.a., enquanto a região Nordeste ficou próxima da média nacional, com 2,3% a.a. As regiões Sudeste e Sul registraram as menores elevações: 1,9% a.a. em ambas.
Entre os estados, Mato Grosso e Tocantins foram os maiores destaques, ambos com variação média de 4,8% a.a., seguidos por Roraima (4,5% a.a.), Piauí (3,7% a.a.) e Maranhão (3,4% a.a.). Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro mantiveram-se como as duas unidades da federação de menores aumentos médios em volume na série, com 1,4% a.a. cada.
PIB per capita
O PIB per capita do Brasil, em 2022, foi R$ 49.638,29 e o Distrito Federal manteve-se como a unidade da federação com o maior PIB per capita brasileiro, com valor de R$ 116.713,39: 2,4 vezes maior que a média nacional. Rio de Janeiro ocupou a segunda posição, com R$ 71.849,66, seguido por São Paulo, com R$ 70.470,53. O cálculo considerou a população residente dos primeiros resultados Censo Demográfico 2022.
No ranking dos 10 maiores PIB per capita, aparecem apenas unidades da federação das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na Região Centro-Oeste, além da primeira posição ocupada pelo Distrito Federal, ao longo de toda a série, destaca-se o avanço relativo do Mato Grosso, que saiu da 11ª para a quarta posição, entre 2002 e 2022. Mato Grosso do Sul ocupou a sexta posição em 2022, avançando duas posições em relação a 2002, enquanto Goiás aparece na 10ª posição, mesma colocação ocupada no início da série; embora tenha trocado de posição ao longo do período.
As informações são do Sistema de Contas Regionais 2022, elaborado pelo IBGE em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).
Com informações, Irene Gomes, Helga Szpiz, Agência IBGE Notícias.
Acesse o Sistema de Contas Regionais 2022>>
@govroraima @govmatogrosso @governodopiaui @governodotocantins @ibgeoficial