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No índice de corrupção estamos bem, bem mal...

Brasil ocupa a 104ª colocação entre os 180 países avaliados pela Transparência Internacional

23 OUT 2024 - 13H00 • Por Wilson Lopes
Os 36 pontos alcançados em 2023 representam um desempenho ruim que coloca o Brasil abaixo da média global - Pixabay

O Brasil perdeu 2 pontos no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) e caiu 10 posições, terminando na 104ª colocação entre os 180 países avaliados pela Transparência Internacional. 

Produzido desde 1995, o índice é o principal indicador de corrupção do mundo e avalia países e territórios atribuindo notas em uma escala entre 0 e 100. Quanto maior a nota, maior é a percepção de integridade do país.

Os 36 pontos alcançados em 2023 representam um desempenho ruim que coloca o Brasil abaixo da média global (43 pontos), da média regional para Américas (43 pontos), da média dos BRICS (40 pontos) e ainda mais distante da média dos países do G20 (53 pontos) e da OCDE (66 pontos).

O IPC de 2023 agrega dados oriundos de diferentes fontes que trazem as percepções de empresários e especialistas acerca do nível de corrupção no setor público de cada país analisado.

O IPC é calculado usando 13 fontes de dados diferentes, oriundas de 12 instituições distintas, que capturam as percepções da corrupção ao longo dos dois anos anteriores à sua publicação. 

Países menos corruptos do mundo

PosiçãoPaísPontuação

1º Dinamarca 90 2º Finlândia 87 3º Nova Zelândia 85 4º Noruega 84 5º Cingapura 83 6º Suécia 82 6º Suíça 82 8º Holanda 79 9º Alemanha 78 9º Luxemburgo 78 24º Estados Unidos 69 98º Argentina 37 104º Brasil 36 136º Paraguai 28 177º Venezuela 13

Fonte: Transparência Internacional

Pilares para enfrentamento da corrupção

O relatório da Transparência Internacional observa que os anos de Jair Bolsonaro na Presidência da República deixaram a lição de como, em poucos anos, podem ser destruídos os marcos legais e institucionais anticorrupção que o país levou décadas para construir, e o primeiro ano de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência deixa a lição de como é (e ainda será) desafiadora a reconstrução. “De modo geral, o novo governo vem falhando na reconstrução dos mecanismos de controle da corrupção e, junto deles, do sistema de freios e contrapesos democráticos. Mas a responsabilidade não é só do Poder Executivo e houve alguns avanços importantes”. 

PONTOS POSITIVOS

PONTOS NEGATIVOS

Convenção contra a corrupção

A Assembleia-Geral da ONU criou, em 2003, a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção - o primeiro instrumento jurídico anticorrupção que estabelece regras obrigatórias aos países signatários. A convenção oferece um caminho para a criação de uma resposta global para a questão da corrupção.

A corrupção é um fenômeno social, político e econômico complexo que afeta todos os países do mundo. Em diferentes contextos, a corrupção prejudica as instituições democráticas, freia o desenvolvimento econômico e contribui para a instabilidade política. A corrupção corrói as bases das instituições democráticas, distorcendo processos eleitorais, minando o Estado de Direito e deslegitimando a burocracia. 

O conceito de corrupção é amplo, incluindo as práticas de suborno e de propina, a fraude, a apropriação indébita ou qualquer outro desvio de recursos por parte de um funcionário público. Além disso, pode envolver casos de nepotismo, extorsão, tráfico de influência, utilização de informação privilegiada para fins pessoais e a compra e venda de sentenças judiciais, entre diversas outras práticas.

Com informações, Transparência Internacional e UNODC

Mais informações sobre o Índice de Percepção da Corrupção 2023>

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