O Índice de Qualidade de Vida da Economist Intelligence Unit, metodologia que avalia critérios geográficos, demográficos, econômicos, sociais e ambientais de 111 países e territórios, coloca Hong Kong na 9ª posição mundial, com 7.80 pontos (o 1º é a Austrália, com 8.12; Brasil é 37º, com 6.52).
A ilha, que já foi do império chinês, Reino Unido, Japão e voltou a ser território da República Popular da China, em 1997, tem uma população de 7,4 milhões de habitantes, amontoados numa área de 1.104km² (25% de área urbana, 40% de reservas e parques, e o restante de montanhas íngremes).
Segundo o Banco Mundial, a economia de Hong Kong é a 30ª do mundo, praticamente livre de taxas. É, também, a 10ª maior entidade de comércio e o 11º maior centro bancário do mundo. Conta com 107 consulados, mais do que qualquer outra cidade no mundo. Seu índice de Desenvolvimento Econômico (IDH) é elevadíssimo (0,952).
Mas, mesmo assim, vivendo em uma ilha de excelência, as famílias de Hong Kong não querem ter mais filhos, nem pagando. Tanto que o governo local está oferecendo US$ 2.500 (cerca de R$ 12.200) para os casais que tiverem filhos até 2026.
Hong Kong já é uma das regiões mais densamente populosas do mundo (6,2 mil pessoas por km²), mas a taxa de fecundidade atual é de 0,87 filhos por mulher (a terceira menor do mundo, atrás apenas da Coreia do Sul e de Singapura, segundo o Banco Mundial. Em 1960, a taxa de natalidade era de 5,14 nascimentos por mulher. A taxa considerada ideal é de 2,1 filhos por mulher, necessários para manter o nível de população.
Segundo o South China Morning Post, além do dinheiro, o governo oferecerá incentivos fiscais e acesso mais fácil à moradia para combater a baixa natalidade. Mas Hong Kong possui recursos naturais limitados e maioria da comida e materiais brutos são importados, o que torna o custo de vida muito alto (a terceira cidade mais cara para se morar no mundo, segundo relatório da Julius Baer).
A pesquisa “Youth Ideas” apontou que mais de 70% dos habitantes de Hong Kong, entre 20 e 35 anos, disseram que não estavam interessados em ter filhos.
Com informações de Janaína Ribeiro, da investnews.
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